Usabilidade à primeira vista

Por RamonPage

SABE AQUELA IMPRESSÃO que damos à tudo - ou à todos - que vemos pela primeira vez? Pois é! Aqui na Web, assim como lá fora, isso acontece a todo momento. Mas eu diria que na Web é um pouco diferente. Darei um exemplo com um fragmento de texto ao qual não sei o autor:

“Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque a sua consciência é o que você é e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles!” — Autor desconhecido

Tanto na Web quanto do outro lado da janela estamos sempre preocupados com a aparência; sobre qual será nossa imagem perante os outros. Eu não me preocupo com isso, aliás, concordo com o quote acima, mas em se tratando de Web, inevitavelmente, temos que tratar a reputação de nossos projetos com muito cuidado.

Na vida somos o que somos e as impressões externas (positivas ou negativas) vêm para moldar aquilo que somos, para que possamos crescer como pessoa e agregar, cada vez mais, valores positivos. Já na Web o processo é praticamente o inverso. Aquilo que criamos deve ser, logo de cara, exatamente como os outros querem ver. Isso pode ser difícil às vezes, mas nós devemos aprender a lidar com essa relação “quem sou” versus “o que devo ser”.

Ao criar, não necessariamente precisamos nos desvincular de nosso estilo (acho até imprescindível ter um). Basta que saibamos adequar o nosso campo de visão pessoal e criativa para aquilo que o usuário final gostaria de ver, ou precisa encontrar, ao entrar num site. Acredito que isso até ajuda na identificação dos requisitos e na implementação. O estudo da área ao qual o trabalho será inserido é importante para delimitar onde termina o Life Style do criador e começa a Arquitetura da Informação.

E a usabilidade, onde entra nisso tudo?

A usabilidade está no clique; está no olhar. O usuário costuma ser muito crítico (eu, como usuário, também o sou). Na primeira rolagem já somos capazes de definir vários pontos positivos e negativos para os locais que visitamos. É a primeira impressão que temos, será sempre assim.

O que criamos é o que sentimos de forma externalizada. Na Web é importante que, ao criar, também sejamos capazes de tentar sentir o que os outros sentem e pensar como os outros pensam. A criação deve ser algo de muita empatia. Uma troca visual e textual entre criador e utilizador que merece toda uma sintonia. Isso pode garantir uma boa relação e fazer com que o usuário volte sempre. ;)

Marcado em:

Os comentários estão desabilitados para este artigo.
Deixe-me saber sua opinião via Twitter

* * *